ABSTRACT
Objetivo: O presente estudo procurou avaliar os aspectos psicossociais de indivíduos portadores de doença de Chagas crônica, que até hoje representa um importante problema de saúde pública no Brasil e na América Latina, atingindo milhões de indivíduos, e que pode acarretar graves prejuízos para o aparelho cardiovascular e trato digestivo. Métodos: Na pesquisa foram avaliados 21 pacientes que os demandaram o ambulatório do Grupo de Estudos da Doença de Chagas (GEDoCh) da Faculdade de Ciências Médicas da, UNICAMP (Campinas, SP). Em vista da associação desse estado mórbido com uma condição social bastante desfavorável, procurou-se estudar os aspectos psicossociais e os traços de agressividade eventualmente presentes nesses indivíduos, através de dois instrumentos indicados para tal fim: ficha de dados sociodemográficos e escala de traços de comportamento de agressividade de Gayral. Resultados: Constatou-se que um número significativo de pacientes (31,8% dos entrevistados) apresentava evidências de ansiedade, seguida por manifestações depressivas (21,4%). Por outro lado, 40,8% apresentavam evidências de somatização e apenas 16,2% expressaram características associadas à combatividade. Conclusão: Esses achados evidenciam a particular vulnerabilidade desse segmento da população.